Mesa I: Reflexos e Impactos da Regularização Fundiária
Dia: 08/10
Hora: 8h30 – 10h30

Mediador: Vitor Bukvar

A literatura internacional afirma que a regularização fundiária é pré-requisito para a garantia do direito de propriedade e condicionante para o desenvolvimento econômico. Nos últimos 10 anos, o Brasil passou por uma série de mudanças legais e institucionais, tendo como um dos marcos a promulgação da Lei 13.465/2017 que trouxe uma nova realidade para as questões fundiárias do país. Deste modo, acredita-se que seja um momento fundamental para fazer uma reflexão sobre os impactos da regularização fundiária no Brasil. Além da análise legal e institucional, a terceira mesa do V Seminário Governança de Terras e Desenvolvimento Econômico também procura entender os efeitos das mudanças políticas nacionais para este tema específico. Em outras palavras, pretende-se colocar em debate quais os novos rumos da política fundiária no Brasil diante do atual quadro legal, institucional e político. Isso porque acredita-se que uma análise crítica dos impactos das recentes mudanças nos ajudará a fazer propostas cabíveis que combinem boa governança de terras e desenvolvimento econômico.

Palestrantes

  1. Kees de Zeew (Kadaster)
  2. Marcelo Cunha (INCRA)
  3. Brenda Brito (Pesquisadora associada do IMAZON)
  4. Ticiany Gedeon Maciel Palácio (Juíza de Direito no Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão) Analise dos impactos de uma atuação do Poder Judiciário em projetos de regularização fundiária: Caso da Gleba São Brás Macaco.

 

Mesa II: Sistema de Integração de Dados

Dia: 08/10

Hora: 11h00 – 13h00

Mediador: Bastiaan Reydon

            Um dos pré-requisitos para uma boa governança fundiária é uma boa base de dados que reflete a realidade territorial do país. No Brasil, a débil governança é também resultado de uma vasta produção de dados desconectados, o que por sua vez leva a criação de um conjunto de informações de origens distintas, conflitantes e confusas. Historicamente percebe-se a falta de integração das informações fica mais nítida no processo de regularização fundiária é realizada por diferentes órgãos, cada qual com uma metodologia e objetos específicos. Assim, essa política acontece de forma pulverizada e confusa, caracterizada pelas sobreposições, sub ou sobredimensionamento de propriedades, gerando uma maior debilidade na governança de terras. Na segunda mesa do V Seminário Governança de Terras e Desenvolvimento Econômico busca-se questionar o que falta para que os dados destes diferentes órgãos estarem integrados, de maneira a conduzir a uma administração de terras positiva. Para isso, trouxemos representantes das principais bases cartográficas do país, de modo que diferentes especialistas no tema nos ajudem a entender os gargalos e potencialidades que uma integração completa pode trazer para a governança de terras e o desenvolvimento econômico brasileiro.

Palestrantes

  1. Clóvis Perez (RFB)
  2. Ivan Lago (IRIB) “Presente e futuro da integração de dados no Registro de Imóveis”.
  3. Thiago Marra (INCRA)
  4. Bernardo Trovão (SFB) Estado atual e perspectivas futuras da integração e disponibilização de dados do SICAR

 

Mesa III: Mediação de Conflitos com Comunidades Vulneráveis

DIA: 09/10

Hora: 08h30 – 10h30

Mediador: Delaíde Passos

            A débil governança de terras é uma realidade importante a ser considerada para entender a dinâmica da sociedade brasileira. Historicamente, o processo de ocupação de terra foi desigual, marcado por uma estrutura fundiária de grandes propriedades.  As grandes aquisições de terra no Brasil somadas ao mapeamento deficiente de terras e florestas públicas são responsáveis, em grande parte, pela dificuldade de se estabelecer uma boa governança fundiária. Na primeira mesa do V Seminário Governança de Terras e Desenvolvimento Econômico propõe-se uma discussão no sentido de entender como o peso histórico desta estrutura representa um obstáculo para o desenvolvimento econômico do Brasil, uma vez que a indefinição sobre a propriedade da terra gera conflitos, principalmente para comunidades mais vulneráveis, tais como, indígenas, quilombolas, ribeirinhos, assentados, e etc. Sendo assim, propomos uma discussão sobre as possibilidades de resolução pacífica para tais comunidades, de modo a entender alternativas para o Brasil de hoje.

Palestrantes

  1. Marco Antonio Delfino de Almeida (MPF/MS) “ Novos  riscos e perspectivas na mediação de conflitos : o caso Kaiowá e Guarani em Mato Grosso do Sul.
  2. Luciana Carvalho (UFOPA) Mediação E Conflito Sob O Prisma Socioantropológico
  3. Silmara Veiga (FUNAI)
  4. Malcolm Childress (Land Alliance)

 

Mesa IV: Inovações Institucionais

Dia: 09/10

Hora: 15h30 – 17h30

Mediador: Thiago Ademir

            A formação da estrutura legal de um país é um processo longo, uma vez que este é gradual e sujeitos a diferentes inovações. Com o objetivo de fazer uma atualização das recentes inovações institucionais, a última mesa do V Seminário Governança de Terras e Desenvolvimento Econômico buscará trazer para debate as mudanças mais recentes no Brasil, o que permitirá levantar propostas efetivas de políticas públicas no tema. De um modo geral, o grande objetivo da mesa é trazer para discussão os novos instrumentos normativos, regulamentações, assim como outros instrumentos que possibilitem avanços na governança de terras e no desenvolvimento econômico. Tais novidades serão combinadas com estudos de casos que nos permitam identificar de maneira mais clara os desafios e potencialidades das inovações institucionais recentes, sejam estas no Brasil, ou em outros partes do mundo.

Palestrantes

  1. André Albuquerque (ReNascer)
  2. Richard Torsiano (FAO)
  3. José de Arimatéia (ANOREG/MT
  4. Gabriel Pansani Siqueira (IGT)